Morro como um país – cenas sobre a violência de Estado

Kiwi, Companhia de Teatro

O projeto Morro como um país – a exceção e a regra, com duração de 14 meses e apoio do Programa de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, teve início em maio de 2012, contou com uma extensa pesquisa sobre temas que incluem o conceito de “estado de exceção”, a ditadura brasileira (64-85) e a violação aos direitos humanos, além de uma série de atividades, que contaram com a participação de diversos coletivos, movimentos sociais e militantes como Amelinha Teles, Ângela Mendes de Almeida, Paulo Arantes, José Arbex Jr., Edson Teles, Idibal Pivetta/Cesar Vieira, da Frente de Esculacho Popular, do Cordão da Mentira, entre outros.

Peça “Morro como um país”, da Kiwi Cia de Teatro. Foto: Olegário A. Filho/ Vereda Estreita

    A montagem teatral Morro como um país – cenas sobre a violência de Estado utiliza, como algumas de suas referências, depoimentos de ex-presos políticos das ditaduras militares na América Latina, documentos, músicas e vídeos provenientes da pesquisa histórica sobre este período. Utilizamos, ainda, trechos do texto literário do autor grego Dimitris Dimitriadis, Morro como um país, que dá nome ao projeto. O texto, em forma poética, trata da ditadura dos coroneis (1967-1974), um dos períodos mais violentos e repressivos da história grega. O projeto faz a investigação de diferentes formas de opressão e exploração, em diferentes épocas e lugares, dando sequência ao trabalho do grupo nos últimos quinze anos.
São parceiros deste projeto diversas organizações e movimentos, como o Coletivo Merlino, a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, o Comitê e a Aticulação Memória, Verdade e Justiça de São Paulo, a Comissão Estadual da Verdade de São Paulo, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, o Grupo Tortura Nunca Mais, o Movimento Mães de Maio, a Frente de Esculacho Popular, Coletivo Quem, Cordão da Mentira, entre outros.

    Faz parte da proposta desta encenação uma atenção especial ao público jovem e a realização de debates e conversas após as apresentações. Os ingressos terão preços populares para o público em geral e serão gratuitos para organizações e movimentos populares.