D. Iracema Merlino

Quem é essa mulher que canta sempre esse lamento?

“(…) Caco Barcellos – Que tipo de justiça a senhora espera?

D. Iracema Merlino – Eu não quero dinheiro da União.
Não que eu não precise, afinal sou viúva,
moro com minha filha, sou dependente.
Mas esse eu não quero, desde o princípio eu quis isso:
uma retratação moral (…) Eu sei como ele foi morto,
o quê ele sofreu antes da morte dele…
Todos os detalhes disso eu… fiquei a par (…)”

Fonte: Extraído do Globo Repórter sobre a Vala de Perus – Rede Globo, reportagem de Caco Barcellos 
transmitida em julho de 1995.

 

Iracema faleceu em 1995 sem ter tido acesso à justiça que por toda a sua vida ela esperou. A família Merlino continua seu exemplo de luta e honra a memória de sua resistência com o processo atualmente em andamento contra o Coronel Brilhante Ustra, mandante e executor das torturas e do assassinato do querido companheiro Merlino.

Coletivo Merlino