O contexto da imprensa durante 1968

 Beatriz Kushnir, Cães de Guarda – Jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988  O jornal de maior tiragem: a trajetória da Folha da Tarde  Os jornalistas      (…) “Quando Abramo chegou pela primeira vez à Folha de S. Paulo, em fins da década de 1960, o jornal se encontrava em um momento de […]

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Navalha afiada em fino veludo

Rodrigo Manzano e Ana Ignácio “Eu volto logo”, disse Eduardo à sua irmã, Regina, pouco antes de pegar um agasalho e ser levado por três homens, de Santos, no litoral paulista, a São Paulo, para “dar explicações” sobre sua militância política. Em julho, fará 37 anos que ele foi morto. Regina não se esquece da [...]read more »

Nicolau: um diário de motocicleta

Maria Regina Pilla    Nicolau/Merlino era um sedutor. Cabelos e olhos negros. Adonirán Barbosa inspirava nele cantorias sem fim. Em São Paulo dirigia um fusca azul escuro. Naquele inverno parisiense de 1970 (ele e outros militantes brasileiros havíamos ido à França para entrar em contato com a IV Internacional), ele vestia um casaco longo, em [...]read more »

Meu amigo Merlino

Joel Rufino dos Santos 1972. Numa festa, pedi a um amigo comum notícias de Merlino. “Morreu”. Contou as circunstâncias. Não chorei, não xinguei: nada. Durante alguns dias me escondi atrás de racionalizações: a Luta, o Socialismo, a História. Tudo com letra maiúscula: abstrações. Até que uma noite, abro o armário para pegar uma camisa, tiro [...]read more »

Lembranças de Nicolau

Michael Löwy     Luiz Eduardo Merlino é destas pessoas que ficam para sempre gravadas na memória de quem as conheceu, por mais que passem os anos e as modas. Tive a chance de encontrá-lo em Paris, durante os poucos meses em que permaneceu no exílio (1970-71), como militante da nossa corrente (a velha Quarta), mas sobretudo como [...]read more »

Merlino está aqui!

Joel Rufino dos Santos     Pouco antes de morrer, perguntaram a José Saramago como via a morte. “Hoje estou, amanhã não estou mais”. Penso ser a maneira mais sucinta de dizer sobre a “esperada das gentes”, como escreveu Manuel Bandeira. O único pensamento sensato sobre quem morreu é “nunca mais”. Mas essa fórmula não resolve [...]read more »

As últimas horas de Luiz Eduardo Merlino

Leitura do depoimento de Guido Rocha, realizada no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, em 31/07/1979      Poderíamos chamar esta história de “A primeira morte de Herzog” porque Merlino e Herzog morreram no mesmo lugar, foram torturados no mesmo lugar, agonizaram no mesmo lugar, possivelmente pelas mesmas pessoas, ou pessoas diferentes mas que, [...]read more »

Relembrando Merlino: uma temporada internacionalista

 Angela Mendes de Almeida*     Parabéns à Fundação Perseu Abramo por publicar, pela primeira vez no Brasil, Pau-de-arara – La violence militaire ao Brésil, editado por François Maspero, em 1971.[1] Com uma introdução sobre a situação vivida no país naquele momento, o livro traz as primeiras denúncias de torturas dos presos políticos, iniciativa dos [...]read more »